MENSAGEM DE CHANUKÁ

Festa da Dedicação - 5781 / 2020

De 29 de Novembro a 06 de Dezembro, ou 25 Kislev a 02 de Tevet, será Chag Chanucá - חג חנוכה - Festa da Dedicação ou Festa das Luzes, esta festa não está relacionada com as Festas da Torah estabelecidas pelo Eterno, mas foi criada para celebrarmos a Dedicação do Templo que havia sido profanado por Antíoco Epifânio, Yeshua também celebrou esta Festa quando esteve entre seu povo(ver João 10:22-23).

Eis aqui um resumo desta história conforme tudo aconteceu:

Por volta de 200, antes da Era Comum, o governo Grego-Assírio inicia a tentativa de apagar a memória hebraica do povo judeu desejando misturá-los e torná-los parte da cultura do helenismo grego.

Para isso, Antíoco declarou que o cumprimento de Leis judaicas e do culto estavam proibidos, incluindo nisso o próprio ensinamento da Torah, o que obteve um certo sucesso, pois um grande número de judeus, homens e mulheres se casaram com gregos e gregas, adotaram nomes gregos deixando a cultura e a fé judaica de lado.

Em resposta a isso, Adonai levantou um pequeno grupo de judeus das montanhas da Judá, da região de Modiin, que declararam publicamente uma revolução contra Antíoco e seu mandato, os quais eram fiéis a Fé Patriarcal.

Seus líderes eram Mattitiahu, e seu filho Judá(Judas Macabeus). Que faziam pequenos incursões contra o exército Grego-Sírio.

Mais tarde, Antíoco enviou uma legião inteira de seu exército para sufocar a rebelião, mas um pequeno comando dos Macabeus conseguiu milagrosamente vencer a luta contra milhares de soldados até expulsá-los completamente das terras de Yisrael.

Os soldados de Yisrael conseguiram vencer a batalha e entrar em Jerusalém para reparar os estragos do Templo no mês de Kislev no ano 164 antes do Messias, que neste tempo havia sido profanado pelos gentios gregos.

Purificando-o e re-inaugurando no Dia 25 do mês de Kislev (Entre Novembro e Dezembro).

Na hora em que deveriam acender a Menorá do Templo, procuraram por óleo de oliva puro por todo o templo, mas somente conseguiram achar uma medida suficiente para um dia com o selo do Sumo Sacerdote, o que indicava a pureza e a validade do óleo.

De forma sobrenatural, o óleo que era suficiente para um dia durou por mais de uma semana, tempo o suficiente para se preparar e trazer o novo e consagrado óleo para a grande Menorá do Templo.

Desde então, até os dias de hoje, comemora-se a multiplicação do azeite por oito dias.

Em lembrança do milagre da vitória dos Macabeus, do óleo que se multiplicou e da Purificação e Dedicação do Santuário, Chanuka é comemorada por 8 dias. Desta forma comemoramos a festa, inicia-se acendendo o Shamash (uma espécie de "servo", a vela que acende as outras), e com esta se acende uma vela a mais a cada dia, iniciando no primeiro dia da festa.

Hoje não temos o Templo do Eterno, estamos aguardando o Messias retornar para reconstruí-lo. Assim, em lembrança do milagre do Azeite sagrado, da proteção do Eterno, Kadosh Baruch Hu, sobre seu povo e da Purificação e Dedicação do Santuário, dediquemos nossos corpos como Santuários ao Eterno nestes dias festivos de Chanuká.

Que realmente a Ruach do Eterno possa habitar em nós e fazer morada para honra e glória de Adonai Eterno na esperança do Messias.

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Adonai Eterno, que apresenteis os vossos corpos por Sacrifício Vivo, Santo e Agradável a Adonai, que é o vosso culto racional" (Romanos 12:1).

Portanto, oferecemos nossos corpos como sacrifícios de louvores ao Eterno, limpando-nos de toda a impureza do mundo e dedicando-nos à Sua vontade sagrada de levarmos a Luz divina do D'us de Yisrael aos que se encontram nas trevas da mentira, da falsa religião e do engano mundial, sermos Luz para os gentios e Glória para o seu povo de Yisrael.

הג שמח חנוכה!!

Hag Sameach Chanuká!!

Feliz Festa de Chanuká!!


DIFERENÇAS ENTRE CRISTIANISMO, JUDAÍSMO MESSIÂNICO

                 E JUDAÍSMO HISTORICO NAZARENO

CRISTIANISMO, JUDAÍSMO MESSIÂNICO E JUDAÍSMO NAZARENO HISTORICO

 Acréscimos mudanças e atualizações por Rabino Marlon Trocolli ,Shaliach Inacio Medeiros e Rosh Jair  (Nazarenos)


(Baseado parcialmente em estudo do Shaul ben tzion) 

I - OBJETIVO

Como muitos em nosso meio possuem interesse sobre o movimento de restauração da fé original que e trazer a verdadeira adoração e a verdade presente nas escrituras , temos vistos que pouco conhecem a respeito da seita do caminho e menos ainda a respeito de Judaísmo Nazareno histórico por isso resolvemos fazer este pequeno estudo comparando as diferentes posições teológicas do Cristianismo, Judaísmo Messiânico e Judaísmo Nazareno histórico. O objetivo não é discriminar crença alguma, mesmo quando discordamos dela, mas sim que possamos entender um pouco melhor até onde somos iguais, e até onde somos diferentes, e porque e respeitar a todos por que o que nos uni e muito maior do que o que nos separa.

É tão mais fácil quando se compreende que não é necessário concordar, basta aceitar pontos de vista diferentes.

Suely Buriasco

III - ESTUDO COMPARATIVO

1 - A "IGREJA"

- O Judaísmo Messiânico vê a "Igreja" como uma entidade distinta do "povo de Israel" (i.e. os judeus) e predominantemente "gentílica". Ambos formariam o "corpo do Messias", mas permaneceriam distintos e sempre haveria esta distinção pelo menos aqui na terra (não renovada). Em alguns casos, até mesmo a separação entre congregações e serviços judaicos e gentílicos chega a ser encorajada. (Grifos de o Caminho).

- O Cristianismo vê a "Igreja" como uma entidade que substitui a Israel. Chama-a, embora sem base bíblica alguma um lerdo engano, fala de um  "Israel Espiritual" sem base biblica para o mesmo vemos isso em efésios 2 . 

Os judeus que crêem no Messias teriam se "convertido" e agora fariam parte desta "Igreja" (que, naturalmente, também possui predominância "gentílica").

- O Judaísmo Nazareno histórico defende e dizemos que não existe uma entidade chamada "ou grupo ou instituição que seja chamado de Igreja"  separada de Israel, que sempre foi e sempre será o povo da aliança. De acordo com o Judaísmo Nazareno, não existe "a Igreja" como na concepção cristã.

 O corpo do Messias sempre foi e sempre será Israel, composta predominantemente de judeus e efraimitas (remanescentes das 10 tribos agora restaurados) que amam e seguem a D-us, juntamente com aqueles que se convertem ao D-us de Israel (vide o caso de Rute e Raabe). Esta é a "Assembléia/Congregação" de Yeshua. A "Assembléia/Congregação" é uma, a mesma de sempre.

Nota de o Caminho: Concordamos com esta posição, isto é, fazemos distinção

entre gentios [provenientes da Casa de Israel] e "estrangeiros" - gregos nas Escrituras a exemplo de Col 3:11...

Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas o mashiah é tudo, e em todos.
Colossenses 3:11 

2 - CRENTES "GENTIOS"

- O Judaísmo Messiânico entende que, de um modo geral, os "gentios salvos" como não sendo israelitas, não tendo sangue israelita algum, e não tendo nenhum argumento legítimo de descender fisicamente dos patriarcas Avraham, Yitschak e Ya'akov. Crêem que os "gentios salvos" que alegam descender fisicamente de judeus ou que têm algum sangue judeu, então vivendo um engano. A idéia de que um crente não-judeu possa ser um israelita não-judeu (isto é, descendente das demais tribos) é vista como sendo errônea.

- O Cristianismo por sua vez normalmente crê numa distinção (inexistente biblicamente) entre "judeus físicos" (numa alusão aos filhos de Israel), e os "judeus espirituais". Um "gentio salvo", assim como um "judeu salvo", seriam "judeus espirituais".

- O Judaísmo Nazareno crê que a grande, esmagadora maioria dos seguidores não-judeus de Yeshua são de fato israelitas - mais especificamente, Efraimitas (descendentes das 10 tribos), que foram dispersos entre as nações gentílicas a partir de 721 AC. Eles um dia foram "lo ami" (considerados como não sendo povo do ETERNO), mas foram restaurados (vide 2 Kefá/Pedro 2:10) 

Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de D-us; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.

1 Pedro 2:10 

Conforme a promessa de Hoshea (Oséias), através do Messias de Israel. Estes "gentios" na

verdade são israelitas, e foram lavados, remidos e despertados para sua identidade Israelita através do cumprimento das promessas em Yeshua hol'Mehushkháy

Seu reconhecimento como semente de Efraim e sua união com Yehudá (Judá) é importante para a restauração do Reino. Vale porém ressaltar que o Judaísmo Nazareno não afirma que eles se tornaram "judeus" ou substituem a Yehudá (Judá). O Judaísmo Nazareno busca a união das duas casas de Israel (Yehudá e Efraim).

NOTA de o Caminho: não foi, portanto, a fundação de uma nova seita judaica ou a fundação de um movimento estranho ao judaísmo mas sim a reestruturação deste. os nazarenos  é a continuidade do judaísmo (puro, original) pois o Eterno, desde Abraão, havia vindo agindo no meio de Seu povo que agora representa o seu remanescente. Sendo assim,  representamos a restauração do Tabernáculo de Davi (trono) e, portanto não é um outro povo mas sim o próprio Israel; com uma diferença: incorporou os gentios convertidos do paganismo, através da Imersão (até mesmo Paulo entrou através deste processo). Efe 2:11- 12; Rom 11:19, 14. De dois povos (judeus e gentios) o ETERNO fez um só povo [união das duas casas, profetizada - neste processo abriu-se espaço para os estrangeiros]! Gal 3:7, 29; 4:7; Rom 8:17; Gal 3:14; Efe 2:19.

3 - SALVAÇÃO

- O Judaísmo Messiânico vê o reajuntamento, a identificação, e as alegações dos crentes não-judeus de que são Efraimitas [descendentes das dez tribos] - como  uma heresia. Crêem que o conceito de duas casas de uma única entidade, Israel, é "salvação por DNA", ou "salvação por sangue", ao invés de ser salvação pela graça através da fé. Pensam que os que crêem nas duas casas pregam que salvação é só para Israel, isto é, que os gentios [casa de Israel] não teriam salvação. Eles crêem na realidade da salvação no sangue de Yeshua, mas negam a realidade do reajuntamento de Israel (as 10 tribos que estavam dispersas por entre as nações) como sendo parte da salvação. Nota de o Caminho: Infelizmente, em muitas comunidades messiânicas, acaba se criando "duas classes" de salvos, os "salvos judeus" e os "salvos gentios" [os "estrangeiros", nas Escrituras], fundando, inclusive, sinagogas e congregações com liturgias (sidur) diferentes para um e outro!- O Cristianismo vê a salvação como sendo também pela chessed (graça) através da fé, pelo sangue do Messias Yeshua. Crê, embora isso não seja dito de forma muito aberta por razões políticas, que o Israel físico que não "se converter" vai direto "pro inferno". Muitas vezes igualam o "crer em Yeshua" como o "se tornar cristão", e vêem a salvação como forma de uma pessoa passar a pertencer ao "Israel espiritual" E onde esxiste no tnnah um Israel espiritual . Costumam ignorar a questão Efraimita [Dez Tribos Perdidas, segundo eles] como um todo.

- O Judaísmo historico, ao contrário do que pensam alguns de nossos opositores, vê a  salvação como sendo uma dádiva gratuita a todo aquele que crê. Cremos na mesma salvação pela chessed, por meio da  emunar (fé). Contudo, o Judaísmo Nazareno ensina que de fato a semente de Efraim cumpriu a profecia de uma multiplicidade dada aos patriarcas, e vê o reajuntamento das "ovelhas dispersas" como de fato sendo um cumprimento literal de uma promessa, e crê sim que a grande maioria dos salvos são de fato descendentes físicos das 10 tribos, restaurados pela fé em Yeshua. Contudo, admite-se também que existem aqueles que não são de origem israelita (embora minoria), mas que ao aceitarem o Criador de Israel, e o Redentor de Israel, passam a fazer parte de Israel, sem distinções. NOTA de o Caminho: Também rejeitamos qualquer parede de separação no povo do ETERNO. A chessed vem salvando desde tempos eternos (Ap 13:8).

4 - COMUNIDADE DE ISRAEL

- O Judaísmo Messiânico vê a comunidade de Israel como sendo formada pelos

judeus messiânicos mais "a igreja gentílica" [nações], enxertada em Israel. Dentro

da comunidade de Israel, contudo, o Judaísmo Messiânico muitas vezes faz

distinção entre judeus e não-judeus, tratando-os como entidades separadas,

apesar das alegações do contrário. Muitas comunidades, embora isto esteja

gradativamente mudando, crêem em dois padrões, um para a "igreja gentílica" e

outro para o movimento messiânico. Segundo eles, a Torá (juntamente com as

613 leis) é um privilégio e um "fardo" que somente os judeus messiânicos podem

carregar e participar. Alguns grupos dizem que os "gentios" não devem praticar a

Torá. Outros dizem que podem, mas é opcional. Normalmente recomendam as

"leis céticas" rabínicas, ou os requisitos de Atos 15.

Nota de o Caminho: Até a circuncisão é obrigatória para um e opcional para

outro...

- O Cristianismo, embora possa não admitir isto na teoria, na prática crê que são

os "judeus salvos" que se enxertam na "Igreja", ao contrário do que diz Romanos

11. Normalmente não só não crêem na prática da Torá, como muitas vezes até

encorajam judeus "convertidos" a deixarem de lado esta prática. Crêem que a

graça é "incompatível" com as "leis de Moisés".

- O Judaísmo Nazareno crê que todos na comunidade de Israel, incluindo judeus,

efraimitas restaurados e conversos ao povo de Israel, têm todos os privilégios de

cidadania. Crê que é mais importante a pertinência ao corpo do Messias (Israel)

do que uma distinção entre tribos, ou mesmo entre quem é natural e quem é

convertido ao D-us de Israel. Todos os membros do corpo são israelitas, seja por

nascimento (judeus e efraimitas, a grande maioria do corpo) ou por adoção (gerim

- convertidos). Israel sempre foi, e sempre será o povo da aliança. Não existe

Israel físico e Israel espiritual, mas sim um único Israel. Todos os israelitas devem

se esforçar ao máximo para viverem na Torá, e são responsáveis por isto à

medida em que vão aprendendo. Aos efraimitas, que estão retornando, o

Conselho dos Nazarenos em Atos 15 deu a recomendação de começar com um

padrão mínimo, e irem evoluindo à medida em que aprendiam a Torá nas

sinagogas (vide Atos 15:21). Não existe distinção entre um judeu nazareno e um

israelita nazareno.

NOTA de o Caminho: As 613 leis, hoje, são impraticáveis pois a grande maioria

delas apontavam para o Messias... As demais, visavam a santificação de um povo!

Além de que se levarmos em consideração que TODAS as passagens onde lemos

"gentio" seja uma referência à Casa de Israel, fica fácil de entender tais

passagens... Mt 10:6; 15:24. Atos 15 está falando sobre eles!!!

5 - ISRAEL FÍSICO X ISRAEL ESPIRITUAL

- Na teoria, o Judaísmo Messiânico é radicalmente contra a noção de "Israel

Físico" x "Israel Espiritual". O Judaísmo Messiânico corretamente diz que só existe

um Israel. Porém, na prática, muitos grupos ao crerem em uma entidade chamada

"Igreja" acabam adotando a mesma crença em um "Israel Físico" e outro

"Espiritual", porém com uma mudança terminológica. Contudo, em comparação

com o Cristianismo, o Judaísmo Messiânico tem o ponto positivo, de ser

fortemente contrário à maligna teologia da substituição, a qual diz que Israel foi

substituído pela Igreja ("gentílica"). Porém, mesmo que sem terem a intenção, ao

crerem numa entidade à parte chamada "Igreja", acabam dando continuidade à

batalha entre Yehudá (Judá) e Efraim pelo reconhecimento como sendo o "Israel

legítimo". Infelizmente, o Judaísmo Messiânico tem contribuído fortemente para a

parede de separação entre judeus e efraimitas. (Itálicos de o Caminho).

- O Cristianismo tradicional crê na teologia da substituição. Trocando em miúdos:

Israel falhou e foi substituído por uma entidade chamada "Igreja", que é o Israel

espiritual. Alguns grupos ainda reconhecem que há determinadas promessas feitas

para o "Israel Físico", outros grupos dizem que a "Igreja" se tornou herdeira das

bênçãos de Israel (curiosamente foi apenas das bênçãos, e não das aflições).

Crêem que esse "Israel Espiritual" é formado por "judeus espirituais", ou seja,

cristãos.

- O Judaísmo Nazareno crê que não existem duas noivas do Messias, e também

que Yeshua não pode ter duas esposas. Como Ele já escolheu a ISRAEL [os filhos

de Jacó, ou seja, as duas Casa unidas] como esposa, não a rejeitará. A noiva do

Messias, o corpo do Messias, é Israel. A noiva é composta por judeus e por

efraimitas, quer conheçam suas origens quer estejam sendo restaurados. A casa

de Yehudá (Judá) e a casa de Efraim, os dois reinos divididos são feitos um, com a

queda da parede de separação e, como Israel restaurado formam a noiva do

Messias. Como já dissemos antes, os gentios que se achegam à fé em sua grande

maioria são efraimitas, isto é, descendentes das 10 tribos dispersas. Existem

também gentios não-efraimitas [estrangeiros], mas que se tornam israelitas por

opção, ao desejarem se juntar ao povo de Israel como fizeram Ruth e Rahav

(Raabe). Não existem israelitas físicos e outros espirituais. Existem apenas

israelitas físicos, espiritualmente restaurados. Esta nação única é o Israel físico e

espiritual. Portanto não existe sentido nesta briga entre Yehudá (Judá) e Efraim,

que começou logo depois do reinado de Shua-ólmoh Molkhím (o rei Salomão), mas

que há de acabar.

NOTA de o Caminho: Os nazarenos estão corretos neste entendimento pois a

Volta do Messias tem também este objetivo: restaurar o trono de Davi que foi

desestruturado a partir de Salomão - Atos 15:16... Esta restauração fora

profetizada pelos profetas - Isaías (Is 49:6).

6 - DISTINÇÕES RACIAIS

- O Judaísmo Messiânico frequentemente alega não fazer distinções raciais no

corpo do Messias, mas isso nem sempre é verdade em todas as congregações. A

noção de que "judeus e gentios" foram grupos de pessoas diferentes muitas vezes

gera uma divisão. Termos como "judeu messiânico" e "gentio messiânico" são

freqüentes, enfatizando uma diferença nacional e étnica no povo do ETERNO.

Infelizmente, o Judaísmo Messiânico permanece no mesmo erro de se recusar a

ver o retorno dos efraimitas, as ovelhas perdidas da casa de Israel que estavam

dispersas e misturadas entre as nações. O grau de distinção nas comunidades

messiânicas varia muito. Em algumas, praticamente não há distinção. Em outras,

ocorrem distinções dentro da congregação. Outras ainda chegam a recomendar

que os gentios fiquem em suas "igrejas", deixando as sinagogas para os judeus.

- Embora o Cristianismo leve vantagem sobre o Judaísmo Messiânico ao não fazer

diferenciação nas congregações, existe ainda muita discriminação e anti-

semitismo nas igrejas cristãs. Como o Cristianismo é muito diversificado, isto varia

muito de igreja para igreja. Mas, no geral, vêem os judeus como um povo que,

não crendo no Messias, se não se arrepender irá para "o inferno". Esquecem-se de

que a rejeição dos judeus é parte do plano do ETERNO para restaurar as nações.

Esquecem-se de que o ETERNO prometeu salvar a todo Israel [Jo 4:22].

Normalmente, o Cristianismo realiza um verdadeiro holocausto espiritual tentando

"converter" os judeus ao Cristianismo.

- O Judaísmo Nazareno crê que quando os membros do corpo se dão conta de

que, sendo judeus, efraimitas, ou mesmo israelitas por opção [estrangeiros], na

realidade agora são parte da comunidade de Israel, a questão da raça perde

importância. Somos todos o mesmo povo ao qual YAOHUH UL sempre amou e do

qual Yeshua sempre cuidou. Rav. Sha'ul (Paulo), nos originais semitas, diz que

"não existe judeu ou arameu". A palavra "arameu" era frequentemente usada para

se referir àqueles que haviam se dispersado na região da Assíria. Ou seja: as 10

tribos perdidas de Israel! Não importa a que tribo pertençamos, somos todos

israelitas [filhos do mesmo Pai - Jacó/Yaohu'káf]! Como semente de Abruham

(Abraão), nossa nação (Israel) é uma nação de sacerdócio real. Portanto, o foco

deixa de ser na lacuna entre dois grupos, e passa a ser na restauração do Reino

de Israel (At 15:16), em sua plenitude, conforme prometido pelos profetas! O

conceito de "dois corpos", ou "dois grupos", ou ainda um "Israel físico" e outro

"espiritual", são divisões dos homens, doutrinas destrutivas, fruto da imaginação

de grupos religiosos, e que não se encontra em lugar algum nas Escrituras. Tão

certo quanto só há UM UL, UMA Palavra, e UM Messias, só existe UM povo

escolhido.

NOTA De o Caminho: Vide Romanos 11 sob esta ótica!

7 - A RESTAURAÇÃO DO REINO DE ISRAEL

- O Judaísmo Messiânico tem crenças variadas a este respeito. Alguns crêem que

este evento já ocorreu, ou no tempo do rei Josias, ou no tempo em que Yehudá

(Judá) retornou da Babilônia. Outros crêem que isto ocorreu com o retorno dos

judeus a Israel em 1948. Outros ainda crêem que a restauração está ocorrendo

gradativamente, e que culminará no reajuntamento dos judaicos da diáspora, no

advento do Messias.

- O Cristianismo, por normalmente minimizar a questão do que eles chamam de

"Israel Físico", normalmente não dá muita importância à questão. Alguns grupos

atualmente ainda olham para Israel como sendo o cronômetro para o fim-dos-

tempos. Contudo, pouco é dito [ou nada] acerca do reajuntamento das tribos

perdidas.

- O Judaísmo Nazareno crê que esta restauração esteja sendo gradativa, mas que

ainda não tenha ocorrido devido a uma série de fatores. Primeiramente, os

talmidim (discípulos) perguntaram a Yeshua quando isto ocorreria, portanto o

evento não poderia ter sido o retorno de Yehudá (Judá) na época do rei Josias, ou

da Babilônia. Da mesma forma, o Judaísmo Nazareno crê que o retorno de Yehudá

(Judá) à terra prometida em 1948 é um passo nesta direção, assim como também

é um passo nesta direção a restauração gradativa de Efraim. Contudo, o evento

descrito em Ezequiel 37 é um reajuntamento e um retorno completo, de todas as

tribos, e não um reajuntamento parcial somente de Yehudá (Judá). Além disto, a

restauração será acompanhada da gravação das leis do ETERNO no coração, e do

fim do pecado. Isto só ocorrerá quando o Messias retornar [dando início ao seu

reino milenial sobre a Terra]. Atualmente, Efraim ainda ama o paganismo, o culto

ao deus-sol [representado pelo domingo e o 25 de dezembro], e Yehudá (Judá)

ainda está imerso em esoterismo. A plenitude ocorrerá quando o Messias

regressar, quando a grande maioria em Yehudá (Judá) o aceitará como rei [Yeshua

hol-Molk'ul], para reinar sobre todo o Israel. (Grifo de o Caminho).

8 - TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO

- O Judaísmo Messiânico rejeita a teologia da substituição com todas as suas

forças, e faz tudo o que pode para eliminar esta doutrina de demônios dos meios

teológicos. Contudo, trágica e ironicamente, acaba incidentalmente a fomentando

quando propaga a idéia errada de que existe um grupo chamado "Igreja" distinto

de Israel*.

*NOTA de o Caminho: Isto, devido à existência de um Israel ortodoxo (que não

aceitaram o Messias); mas, no entanto, usa o SIDUR destes. Um Sidur que não

contempla ao Messias...

- No Cristianismo, a teologia da substituição é extremamente comum. Embora

alguns grupos já estejam começando a abrir os olhos e rever esta crença, a

grande maioria das igrejas ainda propaga esta doutrina de que os cristãos são o

"Israel Espiritual". Esta doutrina anti-semita, demoníaca e sem base bíblica tem

sido o principal motivo para a perseguição tanto física (cruzadas, inquisições, etc.)

quanto espiritual (evangelismo agressivo, conversões, etc.) dos judeus. É com

base nesta doutrina diabólica que chegam à conclusão de que a "Igreja" será

arrebatada antes da tribulação (algo que não tem base bíblica alguma) e que

Israel "se lascará sozinho" durante o reinado do anti-cristo.

9 - SHABAT E MOEDIM (Goins).

- O Judaísmo Messiânico procura observar o Shabat, Rosh Chodesh (Lua Nova)

bem como os demais festivais bíblicos apontados pelo Eterno, e descritos na Torá.

Porém, normalmente dizem que para os "gentios" esta celebração é vista como

opcional.

- O Cristianismo, salvo raras exceções, normalmente não observa os festivais do

Eterno. Ao invés disto, observa festas da tradição romana (Natal, Páscoa,

domingo, etc.) que infelizmente possuem raízes no paganismo. Em alguns casos

mais extremados, a celebração das festas do Eterno chega a ser vista como algo

errado, fruto de quem "não está na graça".

- O Judaísmo Nazareno também procura observar o Shabat, Rosh Chodesh (Lua

Nova) bem como os demais festivais bíblicos apontados pelo Eterno, e descritos

na Torá, e enfatiza que todos aqueles que amam ao Eterno devem participar de

tais celebrações [que ainda hoje apontam para o Messias].

10 - OBSERVÂNCIA DA TORÁ

- Neste ponto, também há divergências dentro do Judaísmo Messiânico. Alguns

grupos crêem que a observância da Torá para os "gentios" é totalmente opcional,

e que a insistência de que os "gentios" devam observar a Torá é legalismo.

Normalmente estes grupos ignoram que a própria Torá proíbe termos "duas leis"

distintas. Ou seja: proíbe a criação de classes no Reino. Estes grupos costumam

manter a muralha que foi erguida em volta da Torá pelo Judaísmo tradicional,

tornando-a um privilégio apenas para judeus ou, no máximo, para alguns

"gentios" que têm um "chamado especial". Outros grupos já reconhecem que Atos

15 estabelece um mínimo* para que o "gentio" aprenda a Torá gradualmente, e

que a Torá é para todo o povo do ETERNO.

NOTA de o Caminho: Onde, em Atos 15 temos estabelecido um "mínimo"? Ali

temos sim uma orientação para que o "gentio" [os filhos da casa de Israel]

possam se livrar do paganismo das nações por onde eles passaram e, assim,

voltem à YAOHUH UL, a quem abandonaram... Shaul foi chamado Apóstolo dos

Gentios por ter ido em sua busca!

- O Cristianismo tradicional rejeita a Torá. Da Torá, mantêm apenas 12

mandamentos: os "9 mandamentos" (isto é, os 10 menos o Shabat), o de amar ao

próximo como a si mesmo, o de amar ao ETERNO sobre todas as coisas, e o do

dízimo. Os demais mandamentos são descartados sem o menor critério. O

Cristianismo tradicional confunde lei com legalismo, e acha que o problema está

nas leis do ETERNO. Alguns grupos minimizam a observância da Torá, outros a

descartam, outros ainda crêem que quem observa a Torá "caiu da graça".

- O Judaísmo Nazareno crê que existe somente uma Torá para o povo do ETERNO.

Tanto judeus, quanto efraimitas restaurados (que representam a maioria dos que

crêem), ou israelitas por opção [estrangeiros] devem guardar a Torá. O Judaísmo

Nazareno reconhece que Atos 15 recomenda que aos resgatados na fé, deve ser

dado o leite, e que gradativamente os mesmos devem ser ensinados na Torá*.

Uma vez que se atinja a maturidade, é não somente um privilégio observar a

Torá, como é mandamento divino. A Torá foi dada a todos os filhos de Israel e,

através da dispersão de Efraim, foi oferecida em todas as nações. Agora, a Torá

pode ser cumprida em seu pleno propósito através da fé em Yeshua

hol'Mehushkháy. Todos os filhos de Israel devem lembrar que a Torá foi dada a

nossos pais no Monte Sinai de forma eterna e irrevogável.

NOTA de o Caminho: Idem à nota anterior... Não devemos confundir Torá com

Monte Sinai; ela é anterior ao Sinai!!!

11 - PAULO

- O Judaísmo Messiânico rejeita a falsa premissa de que Rav. Sha'ul (Paulo) teria

falado contra o cumprimento das mitsvot (mandamentos) da Torá. Alguns grupos

crêem que Rav. Sha'ul (Paulo) falou apenas contra o "forçar um gentio" a cumprir

a Torá, demonstrando a opcionalidade da mesma para os não-judeus. Outros

grupos crêem que Rav. Sha'ul (Paulo) falou contra o legalismo rabínico, e não

contra a Torá, e que Rav. Sha'ul (Paulo) não era contra os "gentios cumprirem a

Torá", muito pelo contrário. Ambos reconhecem que Rav. Sha'ul (Paulo) viveu

uma vida reta, como um judeu zeloso e cumpridor da Torá, e que Rav. Sha'ul

(Paulo) jamais falou contra a Torá, mas sim contra o mau uso da mesma.

- O Cristianismo vê na teologia paulina uma exaltação da graça acima da lei. O

Cristianismo normalmente crê que não estamos mais na "dispensação da lei", mas

sim na "dispensação da graça". Normalmente passagens do Tanach (Primeiro

Testamento) que mostram que sempre estivemos na graça, e que a Torá é eterna

costumam ser minimizadas. Curiosamente, o Cristianismo não vê problemas na

sua interpretação de Rav. Sha'ul (Paulo) contradizer revelação anterior, pois há

uma ênfase maior na revelação do "Novo" Testamento do que na do "Velho"

Testamento.

- O Judaísmo Nazareno também rejeita a falsa premissa de que Rav. Sha'ul

(Paulo) tenha falado contra a Torá. O Judaísmo Nazareno mantém que as "leis"

condenadas pelas Escrituras como sendo um jugo pesado são, segundo a própria

definição de Yeshua, leis rabínicas, e não leis da Torá. O Judaísmo Nazareno

mantém então posição semelhante ao Judaísmo Messiânico de que o problema

estava no legalismo rabínico, e não nas leis do ETERNO. O Judaísmo Nazareno

mantém ainda que existem versículos suficientes em todas as Escrituras que

demonstram que quem ama a YAOHUH UL deve, por amor, guardar a Torá, a

medida em que vai aprendendo da mesma.

Nota de o Caminho: Disse Yeshua: Se me amardes, guardareis os meus

mandamentos... Aquele que tem os meus [mandamentos e os guarda, esse é o

que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me

manifestarei a ele (Jo 14:15, 21). Na realidade, os "crentes" não RECONHECEM a

diversidade das leis: A Moral [eterna - Mt 5:18] e a Cerimonial [transitória - Ef

2:15]... Paulo falava, nas ditas passagens "contraditórias" [ou contra a lei] na lei

cerimonial, ou seja, rabínica; cumpridas em Cristo!

12 - TRADIÇÕES JUDAICAS

- O Judaísmo Messiânico enfatiza bastante a questão das tradições judaicas, e

procura seguí-las ao máximo [inclusive as tais de 613 leis]. O Judaísmo

Messiânico reconhece a grande importância das tradições na cultura e identidade

dos judeus. Contudo, em alguns grupos, a cultura judaica é enfatizada acima da

Torá. Em certos casos, mesmo quando a tradição de nossos pais, por decisões

rabínicas, fere a Torá, as tradições são seguidas acima da Torá. Um exemplo disto

é o uso dos fios puramente brancos nos tsitsiyot (as franjas do talit), quando a

Torá determina que um dos fios seja azul. Frequentemente, a chamada "Torá

Oral", que o próprio Judaísmo Messiânico reconhece não existir, é usada como

desculpa para esta atitude.

- O Cristianismo mais tradicional não tem muito interesse, a não ser por talvez um

pouco de curiosidade, nas tradições judaicas. O problema principal é quando o

Cristianismo confunde a tradição judaica com a Torá. Uma coisa é a imposição de

uma cultura, o que é errado à luz das Escrituras. Outra coisa é pregar a

obediência aos preceitos bíblicos da Torá. Quem prega a Torá, que nada mais é do

que Bíblia pura e simples, é frequentemente chamado de "judaizante".

- O Judaísmo Nazareno também reconhece o valor e a importância da cultura

judaica, até mesmo no entendimento de certas passagens bíblicas. Contudo, o

Judaísmo Nazareno enfatiza a observância da Torá acima de qualquer tradição. Se

alguma tradição minimiza ou viola a Torá, então para o Judaísmo Nazareno

prevalece a observância da Torá. O Judaísmo Nazareno também reconhece que

ninguém é obrigado a cumprir as mitsvot (mandamentos) da Torá da "forma

judaica", desde que os mandamentos sejam cumpridos. Valorizamos e procuramos

por uma questão cultural sempre que possível manter a identidade judaica e a

forma tradicional de cumprir as mitsvot (mandamentos), e ainda procuramos

manter a cultura judaica mesmo quando não há mitsvá (mandamento) envolvido.

Contudo reconhecemos que a única coisa que tem autoridade sobre nós em

termos de prática são as mitsvot (leis) do ETERNO. A cultura é um elemento

importante, mas opcional.

Nota de o Caminho: Quando houve o Concílio de Jerusalém [At 15], os da Casa

de Israel [gentios] estavam por entre as nações [observe o roteiro - em um mapa

escriturístico - da segunda viagem de Sha'ul]... Conheciam a Lei, mas no entanto,

estavam aculturados segundo os costumes destas nações. Mas, no entanto, o

assunto polêmico não era tais costumes, mas sim a circuncisão... Não havia NADA

opcional, exceto cumprir a Lei [vs 21] e se abster de alguns itens básicos [vs 20]

de santificação - nada de talit, kipá ou circuncisão!!!

13 - AS DEZ TRIBOS

- O Judaísmo Messiânico possui visões bem variáveis a respeito deste assunto. A

maioria normalmente crê que as dez tribos deixaram de existir como nação

identificável e que os indivíduos que mantiveram sua identidade foram absorvidos

por Yehudá (Judá). A maioria portanto crê que os judeus da atualidade são a

nação visível, reunida e reconstituída de Israel, produto do reajuntamento de

todas as 12 tribos. Estas 12 tribos da atualidade são conhecidos apenas como

'judeus', e portanto não haveria necessidade de um novo reajuntamento da Casa

de Israel. Alguns grupos messiânicos contudo vêem o reajuntamento das 10 tribos

de Israel como um evento futuro, que ocorrerá na segunda vinda do Messias.

- O Cristianismo tende a minimizar a questão, pois não há muito enfoque no

"Israel físico". As promessas do "Israel físico" teriam passado para o "Israel

espiritual". Dentre os que crêem que há promessas para o "Israel físico", a maioria

também vê o retorno ao Estado de Israel como sendo o cumprimento desta

profecia.

- O Judaísmo Nazareno crê que a nação de Israel ainda não foi totalmente

restaurada. Ambas as casas encontram-se ainda em estado de cegueira espiritual,

até a consumação dos tempos [Rm 15:25]. Yehudá (Judá) continua

fundamentalmente (e propositadamente) cego com relação ao Messias Yeshua,

até que o tempo de Efraim possa se completar. Esta cegueira foi a forma que o

ETERNO encontrou para restaurar Efraim. Já Efraim continua, como dizem as

Escrituras, amando o paganismo. Mesmo tendo sido salvos no Messias Yeshua, a

grande maioria de Efraim ainda se encontra imersa no paganismo romano. O

Judaísmo Nazareno crê que tanto a restauração de Yehudá (Judá) quanto a de

Efraim está se dando aos poucos. A restauração de Yehudá (Judá) está se dando à

medida que os judeus começam a reconhecer em Yeshua, o Messias prometido. A

restauração de Efraim (a chamada "plenitude dos gentios" - promessa dada a

Efraim pelo patriarca Yaohu'káf/Jacó) está ocorrendo a partir do momento em que

Yeshua tem feito as boas novas da restauração se propagarem pelas nações em

busca das ovelhas perdidas da Casa de Israel - a missão primordial dada a Sha'ul.

O Judaísmo Nazareno não crê que as 10 tribos estejam totalmente perdidas, mas

apenas "dispersas" entre as nações, mas sendo restauradas no Messias.

Nota de o Caminho: O grande divisor das águas ocorrerá durante o Armagedom,

quando muitos efrainitas sobreviverão - Is 24:6.

14 - O TABERNÁCULO DE DAVID

- O Judaísmo Messiânico crê que o Tabernáculo de David se refere apenas à Casa

de Yehudá (Judá), isto é, ao povo judeu. Portanto para trazer a reconciliação

bíblica nestes últimos dias, deve ser feito um esforço para reconciliar os judeus

com a "Igreja", trazendo a "Igreja" de volta às suas "raízes judaicas". O Judaísmo

Messiânico é muito ativo na restauração destes dois "corpos" do ETERNO,

praticamente admitindo ou que a teologia da substituição está correta, ou que

existam "duas noivas" do Messias.

- O Cristianismo crê que a restauração do Tabernáculo de David se deu com a

"restauração da fé" através da criação da "Igreja", que seria o "Israel Espiritual".

O cumprimento profético da restauração do Tabernáculo de David seria apenas no

âmbito espiritual. Para dar sentido à sua teologia, é muito comum no Cristianismo

a "espiritualização" de muitas promessas que se refiram a Israel.

- O Judaísmo Nazareno crê que histórica e biblicamente o Tabernáculo de David

sempre foi definido como sendo Israel, e que portanto uma restauração do

Tabernáculo de David seria uma restauração do povo de Israel tal qual ele era no

tempo durante o qual David reinou e, consequentemente, estabeleceu o seu

Tabernáculo. Naqueles tempos, o povo de Israel era um. Quando houve a

separação do Reino do Norte (Israel/Efraim) e do Sul (Yehudá), o ETERNO

prometeu que o povo um dia seria restaurado. O Judaísmo Nazareno é muito ativo

no sentido de promover a restauração, através do Messias Yeshua, deste

relacionamento atualmente ferido entre as duas Casas de Israel, que culminará

profeticamente na restauração do Reino de Israel. O Judaísmo Nazareno crê que a

restauração na irmandade de Israel é bíblica e crê que o conceito cristão de que

exista uma "Igreja" distinta de Israel, ou conhecida como "Israel Espiritual", como

sendo demoníaco, anti-bíblico e fictício. O Judaísmo Nazareno também rejeita a

noção de que os judeus teriam status especial no Reino de Israel restaurado, pois

não há base bíblica para distinção entre israelitas.

Nota de o Caminho: Além da RESTAURAÇÃO entre as duas casas, ocorrerá

também a restauração geográfica, pois hoje, muito do Reino de Davi, está nas

mãos ou de árabes [ismaelitas] ou de palestinos [os filhos de Esaú]... Não há

futuro, principalmente para os palestinos - Ob 1:18; Ml 1:3...

15 - CONVERSÕES AO JUDAÍSMO

- O Judaísmo Messiânico crê que a única forma de uma pessoa se tornar parte de

Israel é através de uma conversão ao Judaísmo. O pior disto tudo é que muitos

grupos sequer possuem "ritual de conversão", forçando os que desejam se juntar

a Israel a se submeterem a uma conversão tradicional (ortodoxa ou reformista).

Alguns grupos aceitam "conversões messiânicas", outros somente "conversões

tradicionais", outros ainda apenas "conversões ortodoxas". Infelizmente, esta

crença e prática estão arraigadas na falsa premissa de que apenas o povo judeu é

Israel, e que consequentemente não há israelita que não seja judeu [da Casa de

Judá]. Esta crença e prática também, além de frontalmente contrária às

Escrituras, é arrogante e exclusivista, e só faz fomentar a criação de classes no

Reino.

Nota de o Caminho: Em muitos destes movimentos existem sinagogas para

judaicos e congregações para os "gentios" - goins...

- Se o Cristianismo por um lado possui a vantagem de não fazer distinção de

classes, por outro exige um tipo de conversão que fatalmente significa para o

judeu ter que abandonar totalmente suas tradições e também trocar a Torá por

uma fé anti-nomiana. Chega-se muitas vezes a dizer que a pessoa deixou de ser

judeu para se tornar cristão. A prática da violação da Torá muitas vezes é até

incentivada para que o judeu prove que "se converteu de coração". Tal prática

conversora é um verdadeiro holocausto espiritual [a inquisição não acabou!].

- O Judaísmo Nazareno entende que algumas pessoas optem por fazer o processo

de conversão, desde que não neguem a Yeshua, apenas para que sejam

reconhecidos pela comunidade judaica tradicional, ou para que tenham direito a

fazer aliá (irem morar em Israel). Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita

completamente a noção de que uma conversão é necessária para que a pessoa se

torne parte de Israel. O Judaísmo Nazareno reconhece que aqueles que se

aproximam de Yeshua são, em sua maioria, efraimitas que estão tendo suas raízes

restauradas, ou, embora em menor escala, pessoas que desejam se unir a Israel.

As Escrituras não dão base para nenhum ritual de conversão para adoção como

parte de Israel, além da conversão ao UL de Israel. A idéia de conversão não só é

uma invenção humana arrogante, discriminatória e que diminui a importância da

graça do ETERNO, como ainda, na melhor das hipóteses, representa uma

"mudança de lado" dentro de uma mesma família. Ou seja, não faz o menor

sentido espiritualmente falando, nem torna a pessoa mais ou menos israelita aos

olhos do ETERNO.

Nota de o Caminho: Como fator externo (demonstração e testemunho publico),

faz parte da Verdadeira Conversão o ato da Imersão em Nome do Messias -

Marcos 16:16. Desconsideramos TOTALMENTE qualquer conversão ao judaísmo

[ortodoxo], pois estes não aceitam ao Messias - Gl 5:4.

16 - KASHRUT

- O Judaísmo Messiânico de um modo geral costuma seguir a kashrut (leis

alimentares) puramente bíblica, tal qual o evitar porco e camarão. Alguns

segmentos, embora minoritários, seguem a halachá rabínica e separam carne do

leite. Este segmento contudo é minoria no Judaísmo Messiânico.

- O Cristianismo tradicional crê que Yeshua anulou as leis da kashrut, e que

portanto o ETERNO não se importaria com a nossa alimentação.

- O Judaísmo Nazareno também costuma seguir a kashrut (leis alimentares)

puramente bíblica. Alguns grupos optam por seguir a halachá rabínica de

separação de carne e leite apenas por uma questão de convivência com a

comunidade judaica local. Porém o Judaísmo Nazareno tem como bem claro que a

única coisa que tem verdadeira autoridade no assunto são as mitsvot

(mandamentos) do ETERNO.

Nota de o Caminho: O mundo dito cristão tem por "entendimento" que as leis

alimentares foram dadas por Moisés... E, como para eles, tais leis foram "cravadas

na cruz", hoje pode-se comer de tudo.. Usam, inclusive - fora do contexto - Mt

15:11 para-se justificarem. No entanto, alimentos limpos e imundos [Lv 11] já era

conhecido desde o Edem... Responda rápido, quantos de cada tipo de animal

entrou na Arca de Noé? Um casal de cada tipo? ERROU!!! Pegue a sua Bíblia e leia

Gn 7:2, 3.

17 - CIRCUNCISÃO (B'RIT MILÁ)

- O Judaísmo Messiânico não é unânime nesta questão. Alguns grupos defendem

que os "gentios" não precisam se circuncisar, e que este seria o exemplo de mais

uma mitsvá (mandamento) que só seria relevante para os judeus. Outros grupos

defendem que apenas os "gentios que se convertem ao judaísmo" (vide tópico

sobre conversão) devem se circuncisar. Outros grupos ainda defendem que a

circuncisão, como toda mitsvá (mandamento) do Eterno, é para todos. O que

esses grupos têm em comum, diferente do Cristianismo tradicional, é que

reconhecem que um "gentio" pode se circuncisar, coisa que para o Cristianismo

tradicional muitas vezes é vista como sendo "cair da graça". A questão daqueles

que foram circuncisados por questões de saúde também varia muito. Alguns

grupos defendem o ritual de "Hatafat Dam", que passa pela extração de uma gota

de sangue do órgão sexual para poder tornar a circuncisão "kasher", isto é,

própria segundo as leis rabínicas. Outros grupos dizem que isto não é necessário,

e que basta a pessoa passar a aceitar sua própria circuncisão.

- O Cristianismo tradicional não reconhece a circuncisão apesar de Gênesis 17

deixar claro que todos os que são da casa de Abru'ham, naturais ou "comprados",

deveriam ser circuncisados. Existem dois motivos para isto: o primeiro seria

relacionado à doutrina de que as leis do ETERNO teriam sido abolidas. O segundo

está no fato de não compreenderem a questão de Rav. Sha'ul (Paulo) ter sido

contra a circuncisão por legalismo, que muitas vezes nem mesmo era uma

"circuncisão", mas sim o ritual de "Hatafat Dam" para serem aceitos no Judaísmo

Rabínico. Por perder a identidade semita de sua fé, o Cristianismo acabou caindo

numa não-compreensão desta questão.

- O Judaísmo Nazareno não só vê a circuncisão como sendo uma mitsvá

(mandamento) pertinente a todos, como também reconhece nela uma grande

importância no processo de restauração da identidade dos efraimitas. O Judaísmo

Nazareno concorda com o Judaísmo Messiânico e com o Cristianismo que a

circuncisão não é questão de salvação. Porém, assim como a passagem pelo

mikveh (imersão), é uma questão de demonstração de obediência. Os pais

tementes ao Eterno têm a responsabilidade de circuncisar seus filhos homens ao

oitavo dia do nascimento. No caso de um adulto, de acordo com a ordem dos

fatores estabelecida em Atos 15, deve se circuncisar tão logo adquira certa

independência em sua compreensão da Torá. Aos que já são circuncisados por

questões de saúde, rejeita-se a noção de que seria necessário o ato de "Hatafat

Dam" (extração de sangue), que para o Judaísmo Nazareno é uma lei rabínica

sem base bíblica.

Nota de o Caminho: A circuncisão torna-se um ato judaizante e vai de encontro

a Atos 15:21 pois nem mesmo pelo contexto daquele primeiro concílio, ficou

evidente que aquele que crescer na fé, compreenderia a necessidade da

circuncisão... Na realidade, a lei da circuncisão tinha um motivo primordial:

caracterizar um povo que aguardava o Messias! No entanto, também este fator

deixou de existir com a Vinda do Mesmo... Rom 2:25-29. Isto já havia sido

profetizado: ...e te converteres ao ETERNO teu Criador, e obedeceres à sua voz

conforme tudo o que eu te ordeno hoje, tu e teus filhos, de todo o teu coração e

de toda a tua alma, ...Também o ETERNO teu Criador circuncidará o teu coração,

e o coração de tua descendência, a fim de que ames ao Senhor teu Deus de todo

o teu coração e de toda a tua alma, para que vivas. Dt 30:2, 6. Portanto, não era

necessária nos dias dos apóstolos [At 15], não é necessária hoje! Circuncisão

apenas do coração!!!

18 - HALACHÁ

- A halachá consiste em decisões rabínicas acerca do cumprimento de uma mitsvá

(mandamento). Por exemplo: a Torá fala que "é proibido trabalhar no Shabat". A

halachá diria o que significa "trabalhar no Shabat", e assim por diante. O Judaísmo

Messiânico respeita e muitas vezes aceita a halachá rabínica, muitas vezes com

status de mitsvá (mandamento). A obediência à halachá tradicional muitas vezes

varia de congregação para congregação, e também de acordo com a conveniência

da mesma. Como o Judaísmo Messiânico luta para ser reconhecido como a quarta

grande ramificação do Judaísmo (depois do Ortodoxo, Conservador e Reformista),

isto pode culminar no aceitar grande parte da halachá rabínica tradicional, com

grande parte de suas leis rabínicas.

- Se o Cristianismo rejeita quase todas as mitsvot (mandamentos) da Torá

[principalmente o 4o mandamento, o sábado], obviamente rejeita a halachá

rabínica. Contudo, muitas vezes inconscientemente, acaba adotando um preceito

semelhante no que diz respeito às tradições romanas. Muitas tradições

estabelecidas por Roma hoje são dogmáticas para as igrejas cristãs, em maior ou

menor grau de acordo com cada igreja. O preceito é muito semelhante, embora

em não tão grande escala, ao da halachá rabínica [veja, por exemplo, como eles

determinam o dia da páscoa ...].

- O Judaísmo Nazareno vê a questão da halachá como sendo diferente. O

Judaísmo Nazareno crê que Yeshua deu a seus seguidores a autoridade para

fazerem halachá (vide Mt 18:18). Porém, crê também na proibição explícita que

existe na Torá para com adições à mesma. O Judaísmo Nazareno portanto crê que

a halachá seja como jurisprudência e não [como] lei. Ou seja: o objetivo é auxiliar

e orientar aos que temem ao Eterno sobre como viverem na constituição que Ele

nos deu, que é a Torá. Contudo, o Judaísmo Nazareno rejeita a noção de que uma

"violação à halachá" seja pecado, ou seja igual à violação à Torá, pois a halachá

não tem status de lei. A halachá deve ser um benefício, um auxílio para o povo, e

não um jugo, como muitas vezes o é a halachá rabínica. O Judaísmo Nazareno

reconhece que muitas vezes a halachá rabínica acerta, mas em muitas outras

perde o espírito da coisa, erra, e se torna um fardo. Portanto crê que os nazarenos

devem ter sua própria halachá. A halachá rabínica possui instruções valiosas, mas

deve ser revista aos olhos dos ensinamentos de Yeshua, e da própria Torá (pois

frequentemente a halachá rabínica viola a Torá escrita). Em suma, a halachá

nazarena seria uma soma de decisões próprias com revisões das decisões

rabínicas, porém todas elas colocadas em seu devido lugar, como apoio para a

Torá, e não em substituição ou mesmo nível da mesma.

Nota de o Caminho: Consideramos as 613 leis (e suas orientações - halachá)

produto (passível) de interpretação humana e por isto não devem ser

consideradas... II Ped 1:20. Será sempre um homem que decidirá qual pode ser

aplicada ainda hoje ou não!!!

19 - TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO REVERSA

- O fenômeno da "teologia da substituição reversa" é extremamente comum no

Judaísmo Messiânico. Chega a ser irônico, pois o Judaísmo Messiânico é dos mais

ferrenhos opositores da teologia da substituição. Mas o que vem a ser este

fenômeno? A teologia da substituição diz [que] um corpo chamado "Igreja"

substituiu Israel. Essa noção é rejeitada pelos messiânicos no que diz respeito à

casa de Yehudá (Judá). Contudo, ao se recusarem a ver a questão da casa de

Efraim, os messiânicos condenam os efraimitas a não terem como restaurar suas

origens (a não ser que passem por "conversão ao judaísmo"), forçando-os a

serem apenas parte do corpo chamado "Igreja", e não de Israel. Ou seja, é como

se a "Igreja" tivesse engolido e substituído a Efraim, mas não a Yehudá (Judá).

Isto é o fenômeno da teologia da substituição reversa. A casa de Efraim, isto é, as

10 tribos, é tão semita e tão parte de Israel quanto Yehudá. E, no entanto,

através deste ato de não-reconhecimento do processo de restauração de Efraim, o

Judaísmo Messiânico tragicamente pratica contra eles o anti-semitismo (isto é:

rejeita a origem semita de Efraim) através desta teologia da substituição reversa.

- Para o Cristianismo tradicional, esta não é uma questão relevante, pois costuma

pregar a teologia da substituição para todo o Israel, quer Yehudá (Judá) quer

Efraim. Os chamados "israelitas remanescentes" ou até mesmo os "re-enxertados"

agora fariam parte da "Igreja", que seria o "Israel Espiritual". É um modelo

exatamente reverso do que descreve Rav. Sha'ul (Paulo) em Romanos 11.

- O Judaísmo Nazareno é radicalmente contra qualquer tipo de teologia da

substituição, incluindo nisto a sutil "Teologia da Substituição Reversa". Ao

proclamar que as duas Casas de Israel estão sendo gradativamente restauradas

no Messias Yeshua, nenhuma Casa é ignorada, rejeitada, substituída, vista como

inferior ou como superior, nem tampouco é uma das casas, ou ambas,

substituídas por uma instituição fictícia e inventada pelo homem chamada de "a

Igreja". A "Igreja" na concepção cristã não existe. A única "Igreja" que foi fundada

pelo Eterno foi fundada no Sinai, e é chamada de Israel [a Igreja de Yeshua; não

Igreja de D-us, como dizem os messi6anicos]. Não existe nos planos do Eterno,

conforme fica bem claro ao longo das Escrituras, principalmente dos Escritos dos

Nevi'im (Profetas), qualquer outra instituição aos olhos do Eterno que não seja

Israel. Aqueles que amam e seguem ao Eterno são parte de Israel, quer por serem

naturais de Yehudá (Judá), Efraim, ou por serem israelitas por opção. Estas

pessoas formam um só povo, sem barreiras e sem divisões, e são unidos

espiritualmente através dos laços de amor de Yeshua hol'Mehushkháy, em uma

única entidade chamada de "Assembléia do Messias", ou "Corpo do Messias"

[congregação], que sempre foi e sempre será Israel. O Judaísmo Nazareno vê com

grande preocupação o crescimento da "Teologia da Substituição Reversa" no meio

messiânico.

Nota de o Caminho: Nos dias de Yeshua, esta igreja estava corrompida

[paganizada] e é por isto que Ele a re-edificou - Mateus 16:18 - sobre a grande

Verdade [rejeitada até hoje] de que Ele é o Filho do ETERNO e não o ETERNO

como dizem os trinitarianos ou os unicista tais como os nazarenos...

20 - ORDENAÇÃO

- No Judaísmo Messiânico, não há um critério unânime para a ordenação. O que

acaba ocorrendo é que, em muitas congregações, aqueles que foram ordenados

no Cristianismo e migraram para o Movimento Messiânico mantêm suas

ordenações como "pastores". Contudo, só são reconhecidos como rabinos pelo

Movimento Messiânico tradicional aqueles que são de origem judaica. Alguns

grupos messiânicos só ordenam rabinos que sejam devidamente instruídos em

Yeshivot (escolas de rabinos), outros grupos ordenam 'rabinos' a qualquer pessoa

que tenha um mínimo de conhecimento, outros grupos ainda usam o título 'rabino'

como sendo sinônimo de pastor ou líder.

- No Cristianismo tradicional, só são ordenados pastores aqueles que possuem

instrução de alguma instituição em particular [ou de sua própria denominação].

Não são vistos com bons olhos os "pastores" de algumas igrejas mais modernas

que são ordenados mesmo sem terem instrução alguma. Existe, com relação ao

Judaísmo Messiânico, o ponto positivo de que a ordenação não depende da origem

étnica da pessoa.

- No Judaísmo Nazareno, primeiramente não existe o reconhecimento da

ordenação de outras religiões. Para que alguém seja ordenado no meio nazareno,

deve ser instruído na fé nazarena. O Judaísmo Nazareno também reconhece, na

falta de rabinos plenamente formados, um ancião da congregação, que esteja bem

fundamentado na fé nazarena, pode liderar a congregação, porém se esta

liderança for em caráter mais definitivo, deve estudar para obter formação plena.

O Judaísmo Nazareno é firme na posição de que para uma pessoa se sagrar rabino

deve possuir um bom nível de instrução. Porém, o Judaísmo Nazareno reconhece

que qualquer pessoa que partilhe da fé nazarena pode se tornar um rabino, quer

judeu, quer efraimita, quer israelita por opção. Não há base bíblica para a

"distinção de berço" para a figura de um rabino.

Nota de o Caminho: A instrução prévia é justa, pois antes de pregar algo, a

pessoas deve se familiarizar - e aceitar ou viver - o que prega! No entanto, a CIC -

Congregação Israelita o Caminho, não usa a terminologia pastor ou rabino por

serem de uso particular [segundo as suas crenças particulares] destes três

movimentos... Preferimos usar terminologias tais como ROSH [líder

congregacional], ANCIÃO [em vez de bispo ou lipekasch] e DIÁCONOS...

21 - MEMBRESIA

- Embora isto não seja fato para todas as congregações messiânicas, a MJAA

(Messianic Jewish Alliance of America) só reconhece membresia total, com direito

ao privilégio de voto, a quem seja judeu. Aos "gentios" é oferecido apenas o

status de "associado". Os associados da MJAA podem dar dízimo, ofertas, etc.

mas não têm direito à membresia completa [conveniente, não é?]. A MJAA não

considera esta posição como racista, mas sim como uma proteção da identidade

judaica do movimento. Já a UMJC (Union of Messianic Jewish Congregations), a

segunda organização mais importante do movimento messiânico, pensa diferente

e dá direito de membresia total a qualquer pessoa que ame ao Eterno.

- Neste ponto, novamente o Cristianismo está em vantagem com relação ao

Judaísmo Messiânico. Nenhum membro é obrigado a dar certidão de nascimento,

sobrenome ou provar linhagem para possuir status de membro em uma

organização cristã.

- A UNJS (Union of Nazarene Jewish Synagogues) também oferece membresia a

qualquer pessoa que ame e siga ao UL de Israel. A UNJS não vê com bons olhos o

sistema de "associação para membros não-judeus" da MJAA, pois cria uma divisão

no Corpo do Messias (Israel). A UNJS mantém que se uma pessoa é aceita pelo

ETERNO como parte do Corpo do Messias (Israel), quer judeu, quer efraimita,

quer israelita por opção, então essa pessoa também tem direito a pertencer a

qualquer organização que alegue representar ao Criador de Israel.

Nota de o Caminho: Nossa única regra, é que a pessoa estude a razão de nossas

crença - I Pe 3:15 - e seja imerso em o Nome de Yeshua!!! Quanto ao dízimo,

cremos que após o sacerdócio levítico - cravado na cruz - ficou-nos o sacerdócio

de Melquisedeque, onde Yeshua é o Sumo-sacerdote e nós, sacerdotes [o

sacerdócio de todo o crente - I Pe 2:9]. No entanto, a congregação deve ser

mantida pelos seus membros com as sua ofertas e quando um membro assim o

desejar, pode dizimar [pacto]. Seguimos Sha'ul aos corintios - II Co 9:7.

22 - A DIVINDADE DE YESHUA

- Quando foi estabelecido, o Judaísmo Messiânico (o movimento moderno) era

composto unicamente por homens que defendiam com unhas e dentes a divindade

do Messias Yeshua. Isto é: o fato de que Yeshua é a manifestação física do

ETERNO [unicismo]. Contudo, a exemplo do que aconteceu historicamente com o

Cristianismo, hoje em dia existem grupos que apostataram e o consideram como

um ser divino porém separado do Eterno. Ao contrário do que aconteceu com o

Cristianismo, muitos destes grupos têm permanecido dentro do movimento

messiânico, pondo em risco a sã doutrina do movimento. Deve haver uma ação

em cima deste problema o mais rápido possível. Para citar um dos grandes líderes

do movimento "esta [heresia] está destruindo o movimento."

- O Cristianismo neste ponto acerta ao considerar apóstatas os grupos que negam

a divindade do Messias. A divindade do Messias também é uma doutrina

fundamental do Cristianismo; no entanto; dentro de uma trindade...

- O Judaísmo Nazareno Histórico, crer que o Eterno é UM ele é indivisível e Yeshua

é o Messias prometido no Tanah, filho de José da descendência de David.

"Então brotará um Nêtzér do toco de Jessé, e das suas raízes um

renovo frutificará". Yeshayah/Is 11:1

23 - OS ESCRITOS DOS NAZARENOS

- O Judaísmo Messiânico também não possui uma posição bem definida quanto à

origem dos manuscritos dos Escritos dos Nazarenos (isto é, o "Novo" Testamento).

Alguns grupos crêem que os originais foram escritos em línguas semitas, isto é,

em hebraico e/ou em aramaico, e consideram que isto é importante para

entendermos a verdade das Escrituras. Outros grupos partilham desta crença,

mas adotam os manuscritos gregos como sendo os mais próximos dos originais.

Outros ainda, embora em menor número, crêem que o "Novo" Testamento foi

escrito essencialmente em grego.

- O Cristianismo tradicional, embora alguns grupos mais modernos discordem, crê

que o "Novo" Testamento foi escrito fundamentalmente em grego. Alguns grupos

crêem que houve uma tradição oral em aramaico antes dos escritos se

consolidarem em grego, mas a grande maioria mantém que a autoria foi em

grego.

- O Judaísmo Nazareno considera histórica, linguística e culturalmente impossível

que o "Novo" Testamento tenha sido escrito em grego, visto que os escritores

eram de origem semita. A crença na primazia hebraica e aramaica é vista como

sendo fundamental para o esclarecimento de alguns pontos importantes da fé.

Existem variações na opinião sobre quais sejam os manuscritos mais próximos dos

originais, mas existe uma unanimidade na aceitação de que os originais tenham

sido semitas.

Shaul BenTsion

Nota de o Caminho: Amnao! Todas as Notas e colchetes fazem parte da nossa

edição... Tal estudo ocasionou algumas reações do messiânicos. Na edição

anterior, tínhamos colocado algumas destas posições [principalmente de um ex-

nazareno, agora messiânico - este opositor é co-autor da versão dos Escritos

Nazarenos, a B'rit Chadashá - ha'Teshuvá]; mas achamos por bem tirar tais

refutações; apenas deixando claro a nossa posição que tende mais para os

nazarenos exceto no unicismo [e nossas notas]!!

...mas ponde tudo à prova. Retende o que é bom; I Tes 5:21

https://ocaminho2.tripod.com/Nazarenos.htm

Quem são os nazarenos?

"Então brotará um Nêtzér do toco de Jessé, e das suas raízes um

renovo frutificará". Yeshayah/Is 11:1

" E todos os do teu povo serão justos; para sempre herdarão a terra;

serão Nêtzér por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu

seja glorificado". Yeshayah/Is 60:21


SHIURIN (שִׁעוּר) sobre a COMUNIDADE                          REMANESCENTE 

                        SHIURIN (שִׁעוּר) sobre a  COMUNIDADE REMANESCENTE 

                                         

                                      1º PARTE NOSSA IDENTIDADE !!!


Já foi dito, corretamente que o movimento netzarin , consiste em um movimento dos últimos Dias vindouros, últimos dias (Gn 49.1)  Esta é a primeira ocorrência do termo "dias vindouros", o mais importante conceito na profecia bíblica. (A palavra hebraica para "vindouro" aqui é acharith.) Esta expressão e outras semelhantes, são o primeiro passo para o estudo dessa serie que vou publicando de acordo com as observâncias e estudos de nossa comunidade esse e apenas a introdução . De fato, é importante que o termo apareça logo no primeiro livro da Tora, uma vez que D'us "anuncia o fim desde o princípio" (Is 46.10). De um modo geral, a expressão (como também "últimos dias" e "últimos tempos") refere-se ao período terminal da história de um particular grupo de pessoas ou nações, quando o propósito anunciado do Eterno  para eles for consumado

                                                   Yeshayahu Isaías 46:10 NVI

Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito permanecerá em pé, e farei tudo o que me agrada. 

Ou seja como tal nos que somos nazarenos desempenharemos um papel de muita significância e responsabilidade que e auto percepção que  se encontra fortemente relacionada as expectativas como não dizer escatológicas ou seja dos dias vindouros ou dos últimos dias ou dias de mashiah, Qualquer tentativa de separar essa realidade de suas bases bíblicas terá de redefinir a primeira das ultimas . Esse deslocamento não seria possível restabelecer essa própria orientação e cosmovisão. Acredito que a nossa comunidade em seu pensamento em sua forma de agir e contribuir pelo menos com uma gota de instrução da Torá e de suas instruções são de importância suprema  em seu papel peculiar nesse confronto terreno entre o que e Emet  - אמת Verdade e Shequer  שקר Mentira.

Perspectiva soteriológica 

E um conceito de difícil compreensão por muitos vou dar um exemplo.

Imagine que uma pessoa que joga futebol entra numa quadra de vôlei pela primeira vez na vida, e logo se vira para um jogador e pergunta: Como vocês fazem gol, no vôlei?

O jogador de vôlei teria, primeiramente, que esclarecer que há um problema conceitual na própria pergunta, porque não existe gol no vôlei. Somente depois de esclarecido isso, ele poderia então explicar como se ganha uma partida.

Nos ensinos de Yeshua , não existe a ideia de que o Eterno seja inacessível ao ser humano

"Perto está ADONAY de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade." (Tehilim/Salmos 145:18)

"Para onde me irei do teu sopro, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar." (Tehilim/Salmos 139:7-9)

Ou seja, não apenas o Eterno está acessível a todo aquele que o invocar, como ainda é impossível fugir de sua presença.

Não há momento em que o Eterno não se relacione conosco. Esse relacionamento é inquebrável, por misericórdia dele, mesmo quando pecamos. Acaso um pai diria ao seu filho: 'Está tudo terminado entre nós'?

Rambam (Maimônides) diz:

"Se alguém imaginar que nenhuma das criaturas existe à parte dele, somente Ele continuaria a existir, e a anulação da [existência] deles não anularia a Sua existência, porque todas as criaturas necessitam dele [para existir], e Ele, bendito seja, não necessita delas nem de qualquer um." (Mishnê Torá - Sefer haMadá` - Hilkhot Yessodê haTorá 1:3)

Se, por uma fração de segundo, nos fosse possível romper a conexão que temos com o Criador, nós simplesmente deixaríamos de existir imediatamente. Em sendo assim, não há conexão a ser restaurada mais sim um retorno aos caminhos.

Os momentos em que o Eterno se diz distante de Israel, ou dos pecadores, é entendido como um antropomorfismo (e portanto algo figurativo), que indica que o Eterno retirará daquela pessoa Suas bênçãos, ou a Sua proteção. Não há um afastamento real, até porque o Eterno não está sujeito à distância física.


Perdão e Graça

Mas, existe também a questão da graça e do perdão do Eterno. Isso pode ser uma surpresa para alguns, mas esse não é um conceito novo introduzido pelo Cristianismo. Pelo contrário, é uma ideia que o Judaísmo sempre trouxe consigo.

Por isso, o salmista diz:

"Se tu, Yah, contares as iniquidades, Adonay, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido." (Tehilim/Salmos 130:3,4)

Isso é abordado pelo profeta Yehezqel (Ezequiel):

"Quando Eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e praticar a retidão; se esse ímpio... andar nos estatutos da vida, não praticando a iniquidade, certamente viverá, não morrerá. Nenhum de todos os seus pecados que cometeu será lembrado contra ele; praticou a retidão e a justiça, certamente viverá." (Yehezqel/Ezequiel 33:10,14-16)

"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro." (Yeshayahu/Isaías 43:25)

Quando nos arrependemos de nossas transgressões, e buscamos corrigir nossos atos, Ele nos perdoa imediatamente.

A ideia não é muito diferente do Cristianismo, visto que esse último teve parte de sua origem no próprio Judaísmo histórico. Mesmo o Cristianismo enfatizando o papel de seu próprio Messias no processo de salvação como algo singular, na prática, também se fala da importância da mudança de vida.

Isto é, se o leitor indagar a um cristão se basta um pedido de perdão, ou se a pessoa precisa mudar de vida, ela indicará a segunda opção. Nesse particular, nazareno e Cristianismo estão de acordo.

Com a diferença de que, para nos nazarenos , o processo é mais simples. Não há a necessidade de um intermediário, ou de um sacrifício expiatório para que a humanidade obtenha o perdão. Pelo contrário, tal ideia, para o nazareno, seria não apenas estranha, como feriria os princípios básicos do Monoteísmo, pois é dito:

"Eu sou ADONAY, e não há outro; fora de mim não há Elohim... em ADONAY será justificada, e se gloriará toda a descendência de Israel." (Yeshayahu/Isaías 45:5,25)

Para o Tanakh (Bíblia Hebraica), o perdão do pecado não depende do derramamento de sangue, nem de algum rito expiatório específico. O rito é meramente uma expressão exterior do arrependimento daquele que o pratica.


VI - Conclusão

Em sendo assim, como alcançar a promessa do mundo vindouro?

Arrependendo-se de suas transgressões, e buscando viver uma vida íntegra perante o Criador dos céus e da terra, que é também o Supremo Juiz de todas as coisas.

Ao fazermos isso, Ele nos perdoa, e nos considera como herdeiros da vida. Isso vale não apenas para a vida imediata, e suas bênçãos, como também para o mundo vindouro.


A comunidade netzarin ou a seita do caminho como shaul Ha'shaliah a chamava e fazia parte e defendia , deve ser fortemente fundamentada na convicção que e o resultado da vinda de Mashiah como ben Yosef ,  Essa convicção teológica influencia  na maneira de se compreender a a nossa  identidade, a nossa mensagem e nossa função. Essa é uma das áreas nas quais a comunidade e chamada de reparadoras de brechas. 

12 E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, e restaurador de veredas para morar.

Versão Almeida Revista e Atualizada 

Também cremos que existe uma conexão profunda entre a comunidade e o papel de Yeshua como nosso rabino, mestre, e sumo sacerdote no santuário celestial doutrina essa vinda dos essênios . Na verdade a comunidade , por assim dizer, seu "fôlego de vida" da parte do Eterno vem com o resultado da mediação de Mashiah  perante o Pai ( Jo 14 ;16 Atos  2:33). Nossa comunidade deve  examinar o testemunho bíblico acerca dessa conexão e abre o espaço para obra de Mashiah nao ensinada erroneamente mais sim a atuação do poder do Eterno em nossas vidas , Isso vai em nossa teologia dos mistérios e  impactos de nossas  cerimónias religiosas como as  festas o Shabat  de descanso e as principais festas das escritura e seu significado para nós nazarenos: festa dos Pães Asmos ou Pessah, Festa das Semanas (Pentecostes), Festa dos Tabernáculos, Dia das Trombetas, Dia da Expiação, Festa de Purim e a Festa das Luzes (Hanukkâ, Hanukah ou Hanuká).

 Conclusão

Em sendo assim, como alcançar a promessa do mundo vindouro?

Arrependendo-se de suas transgressões, e buscando viver uma vida íntegra perante o Criador dos céus e da terra, que é também o Supremo Juiz de todas as coisas.

Ao fazermos isso, Ele nos perdoa, e nos considera como herdeiros da vida. Isso vale não apenas para a vida imediata, e suas bênçãos, como também para o mundo vindouro.


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